Os Gatos Egípcios e Sua Ligação Com a Realeza

Os Gatos Egípcios e Sua Ligação Com a Realeza

Introdução

Você sabia que os gatos egípcios sempre tiveram ligação com a realeza? Desde a antiguidade, os felinos despertam fascínio e mistério. No Egito Antigo, os egípcios os consideravam sagrados e os protegiam com leis severas. Por isso, esses animais ocupavam um papel especial na sociedade da época. Descubra a razão por trás da veneração aos gatos e como eles eram tratados na civilização egípcia.

Os Gatos e a Deusa Bastet

No Egito Antigo, os egípcios frequentemente associavam os gatos à deusa Bastet, considerada o maior símbolo de proteção, fertilidade e amor. Além disso, eles respeitavam tanto esses felinos, que puniam com a pena de morte qualquer pessoa que matasse um gato, mesmo que acidentalmente.

Gatos Egípcios: Protetores dos Lares

Além de acompanhar a nobreza, os egípcios comuns também criavam gatos para desempenhar funções essenciais na sociedade. Por exemplo, esses felinos protegiam colheitas e casas ao caçar ratos e cobras. Dessa forma, eles se tornavam extremamente valorizados por suas habilidades de caça.

Múmias de Gatos e Arte Egípcia

Os egípcios mumificavam muitos gatos e os enterravam com seus donos, demonstrando a grande importância desses felinos em sua cultura. Além disso, ao visitar museus com acervos egípcios, podemos observar inúmeras pinturas, papiros e estatuetas criadas em homenagem aos gatos, reforçando seu status sagrado na antiguidade.

Fatos Relevantes Sobre os Gatos no Egito Antigo:

  • Os egípcios construíam templos para Bastet, onde mantinham gatos, ofereciam cuidados e até os mumificavam após a morte, reforçando sua “sacralidade”.
  • Os faraós proibiam que comerciantes exportassem gatos, pois temiam que a ausência desses felinos enfraquecesse a proteção das colheitas, dos lares e dos palácios.
  • As autoridades egípcias impunham punições severas a quem matasse um gato, mesmo que acidentalmente, podendo até condenar o responsável à morte, sem possibilidade de perdão.
  • Muitos egípcios enterravam seus gatos junto a eles, demonstrando a profunda importância espiritual e emocional desses felinos no momento da passagem.

Como São Tratados os Gatos no Egito Atual?

Atualmente, muitas pessoas no Egito ainda criam gatos, especialmente em cidades grandes como Cairo e Alexandria. Contudo, inúmeros felinos vivem abandonados nas ruas, formando grandes colônias urbanas. Embora eles não possuam mais um status sagrado, os egípcios continuam a respeitá-los e admirá-los.

No entanto, a realidade dos gatos no Egito moderno não é tão gloriosa quanto no passado. O país lida com desafios como superpopulação de gatos nas ruas, ausência de políticas eficazes de proteção animal e escassez de abrigos especializados. Por outro lado, ONGs e protetores independentes atuam para melhorar as condições desses felinos. Eles realizam campanhas de castração, resgates e incentivam a adoção responsável.

Se você deseja ajudar ou conhecer mais sobre os gatos no Egito, pode contribuir com organizações como a ESMA (Egyptian Society for Mercy to Animals). Essa entidade resgata, cuida e promove a adoção desses animais, garantindo que tenham uma vida mais digna.

ESMA: O Impacto “Da Egyptian Society for Mercy to Animals Na Proteção Animal

ESMA (Egyptian Society for Mercy to Animals) é uma organização egípcia, sem fins lucrativos dedicada ao resgate, cuidado e proteção de animais abandonados e maltratados. Atuando em um cenário de desafios sociais e culturais, a ESMA promove campanhas de conscientização, projetos de adoção responsável e programas de esterilização para reduzir a população de animais de rua.

De acordo com a Federação Egípcia para o Bem-Estar Animal, o país abriga aproximadamente 100 milhões de gatos de rua e cerca de 15 milhões de cães abandonados.

Estima-se ainda, que cerca de 8 milhões de animais de estimação vivem em lares egípcios, incluindo aproximadamente 5 milhões de gatos e 3 milhões de cães.

Esses números refletem uma crise significativa de superpopulação de animais de rua no Egito, agravada pela falta de programas nacionais de esterilização e por desafios econômicos que levam muitos proprietários a abandonar seus animais de estimação.​

Com abrigos que atendem centenas de cães e gatos, a ESMA também defende mudanças legislativas para garantir direitos e melhores condições de vida para os animais no país. O trabalho da ESMA é vital para mudar a percepção sobre o bem-estar animal no Egito, servindo de exemplo para iniciativas similares em outras regiões.

Conclusão

Apesar de sua história de adoração e reverência no antigo Egito, onde eram símbolos de proteção e divindade, hoje milhões de gatos vagam pelas ruas das grandes cidades egípcias em busca de abrigo e alimento. A realidade atual contrasta com o passado glorioso desses animais, refletindo os desafios sociais e econômicos enfrentados pelo país. Iniciativas como a da ESMA trazem esperança, mostrando que, mesmo diante das dificuldades, ainda há quem lute para devolver a esses seres a dignidade e o respeito que um dia foram símbolos da própria cultura egípcia.

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Fonte: Egyptian Streets